Rodrigo é de Ribeirão Preto e a Roberta, de Franca – cidades do interior de São Paulo. Antes mesmo de se conhecerem, já estavam conectados, de alguma forma. Eles tinham vários amigos em comum. Uma amiga, em especial, também de São Paulo, sempre comentava que eles tinham que se conhecer! O encontro acabou acontecendo por acaso, numa festa de casamento. Conversa vai, conversa vem, eles acabaram se dando conta de que ele era o tal Rodrigo e ela, a famosa Roberta. Se apaixonaram e estão juntos até hoje. E isso já tem quase sete anos! Mas essa não é só uma linda história de amor! Além de estarem noivos, os dois também são parceiros na vida profissional!
Desde 2013, o casal está à frente do Folga na Direção – um projeto online, que começou como um blog, onde eles “compartilham histórias e iniciativas que nos fazem acreditar na mudança e na transição para um mundo mais humano, inovador e colaborativo” – como próprio casal costuma definir. Hoje, além do blog em si, o projeto conta com a websérie Caronas que inspiram – que reúne entrevistas com pessoas inspiradoras, referências em suas áreas de atuação; e o curso online Foco na Direção. Com oito semanas de duração, o curso – que já está na versão 2.0 – tem como principais objetivos disponibilizar conteúdo sobre autoconhecimento, ampliar a visão de mundo dos alunos e oferecer ferramentas inovadoras para que cada um seja capaz de idealizar e concretizar seus próprios sonhos e projetos. Mas até esse casal de empreendedores chegar aqui – com tanto conteúdo de qualidade para compartilhar na internet – muita coisa aconteceu!
Como tudo começou
A Roberta começou a empreender com 17 anos de idade. Filha de estilista, ela abriu uma pequena fábrica de cintos femininos em Franca. “Tudo começou como uma brincadeira pra mim, porque eu era muito nova. Mas quando me dei conta, já estava a mil, fazendo peças para diversas marcas e administrando cinco funcionários”, relembra. Como sempre quis fazer Faculdade de Moda, aos 19 anos, ela resolveu vender a fábrica, com todos os equipamentos, para estudar no Rio de Janeiro. Mas ao chegar na Cidade Maravilhosa, Roberta começou a repensar se, de fato, a Moda era o seu caminho. Pediu transferência para o curso de Psicologia e depois de dois anos, a ficha caiu: o que fazia os seus olhos brilharem era a Faculdade de Comunicação Social! “Me formei, sou apaixonada pela área e amo até hoje o que eu faço”, revela a publicitária.
Depois de formada, Roberta passou um ano trabalhando na Austrália. Lá, ela conseguiu juntar dinheiro para visitar outros lugares, como a Europa e a Tailândia. Voltou para o Brasil com o objetivo de abrir uma empresa de sapatos com a mãe, em Franca. E foi nessa época que ela conheceu o Rodrigo. A parceria com a família, nos negócios, durou três anos. Roberta só não ficou mais tempo em Franca porque estava com saudade daquela rotina agitada das grandes cidades. Foi quando surgiu a oportunidade de trabalhar numa agência de São Paulo, que promovia eventos e shows internacionais. E lá foi a Roberta de novo! Ela se dedicou à agência por mais de três anos. Mas nesse meio tempo, sempre batia aquela vontade de voltar a morar no Rio e de viajar o mundo com o Rodrigo!
A trajetória profissional do Rodrigo também é multidisciplinar: formado em Gestão de Agronegócio, ele saiu de Ribeirão Preto para estudar Cinema e Teatro na capital paulista. Trabalhou na área de produção de elenco e fez algumas peças de teatro. Ainda em São Paulo, cursou uma pós-graduação em marketing na Fundação Armando Álvares Penteado – a FAAP. Assim como a noiva, Rodrigo começou a empreender desde cedo. No caso dele, por influência do pai. “Na época em que eu estava cursando Cinema e Teatro, meu pai me perguntava como eu iria construir o meu futuro. Ele tinha uma cabeça aberta, mas veio de uma cultura de empreendedorismo tradicional – em que a gente tem que trabalhar muito para construir algo e deixar um legado”, explica Rodrigo. “Eu resolvi empreender, de tanto que o meu pai falava. Fiz uma pesquisa de mercado no Sebrae para saber quais produtos teriam mais potencial de venda e decidi abrir uma loja de roupas”, revela.
Rodrigo abraçou a ideia de empreender mas, já naquela época, se preocupou em criar um projeto que fizesse sentido para ele. “Eu iria vender algo que desse dinheiro, mas fiz questão de pensar num conceito pra marca, que se relacionasse, de alguma forma, às minhas grandes paixões: música, arte e meio ambiente. Se for para empreender, que seja algo que faça sentido pra mim”, conta. O negócio cresceu, gerou frutos, mas não trouxe a realização pessoal que o Rodrigo tanto almejava. “Eu comecei a observar que eu estava construindo um estilo de vida, através da minha marca, mas eu mesmo não estava conseguindo desfrutar daquele estilo de vida – porque eu trabalhava muito”, afirma. “Eu tinha o meu próprio negócio, mas ele não deixava de ser um emprego fixo. Ficar trancado num escritório me deixava frustrado”, revela. “Eu pensava: estou com esse tamanho todo de loja, com um monte de clientes, mas não estou feliz. Depois de dois anos de empresa, percebi o quanto eu estava insatisfeito”, relembra.
O nascimento do “Folga na Direção”
Rodrigo costumava desabafar com o pai sobre a insatisfação dele em relação à loja. “Ele falava que era assim mesmo – quando eu ficasse mais velho, eu descansaria. E eu não concordava com essa ideia de que devemos trabalhar muito para só aproveitar a vida na aposentadoria”, conta o jovem empreendedor. Na mesma época em que o Rodrigo estava questionando a relação entre trabalho e felicidade, o pai dele foi internado para fazer uma cirurgia. “Foi aí que o Folga nasceu: papai foi para o hospital pra fazer uma intervenção simples, ficou 40 dias internado e acabou falecendo. Nesses 40 dias, eu repensei a minha vida! Aquele homem que, até então, era o meu modelo de sucesso – que saiu da miséria e construiu um legado – acabou nos deixando aos 62 anos, quando, em tese, ele começaria a descansar e aproveitar a vida”, desabafa Rodrigo. “Aos 25 anos de idade, percebi que estava tudo errado”, complementa.
“Eu não acreditava em mais nada do que haviam me dito sobre negócios, até aquele momento. Eu precisava conhecer novos modelos de trabalho, escutar outras histórias – até mesmo para escolher o estilo de vida que eu adotaria dali em diante; e também, para oferecer uma luz a todos que estivessem na mesma busca que eu”, revela. Com a perda do pai, Rodrigo adotou uma nova filosofia: “A partir daquele momento, dinheiro nenhum no mundo iria tirar o meu propósito de vida! Agora eu trabalho para realizar sonhos e vou mostrar que dá pra ser feliz e ganhar dinheiro ao mesmo tempo”, relembra.
Com esse mantra, o casal embarcou num período sabático de sete meses: foram quatro meses viajando pela Austrália, 10 dias em Fiji e três meses percorrendo a Ásia. “Meu pai faleceu no dia 14 de janeiro de 2013 e nós viajamos no dia 26 de dezembro do mesmo ano”, conta Rodrigo. Ao longo desse período, os dois foram se programando para colocar os “pés na estrada”. A Roberta anunciou que deixaria a agência com quase sete meses de antecedência e o Rodrigo vendeu a loja dois meses depois que seu pai havia falecido. “Eu vendi a loja para uma pessoa que está tocando o projeto até hoje! Está a coisa mais linda do mundo”, revela Rodrigo.
Frase da pesquisadora americana Brené Brown, que está estampada no livro “Mais forte do que nunca” – nova obra da autora
“A ideia era empreender com propósito. A gente já tinha saído dos nossos antigos trabalhos sentindo essa necessidade de encontrar um propósito. Eu não conseguia mais ir contra a minha essência! Pra mim, não fazia o menor sentido não poder falar sobre espiritualidade no ambiente de trabalho, por exemplo, porque no escritório sou uma pessoa e fora dele sou outra. Não suportava mais isso, queria ser uma pessoa só”, desabafa Roberta. E desde que embarcaram naquela viagem pelo mundo, em dezembro de 2013, tudo mudou – e para melhor: o Folga na Direção se transformou num negócio e hoje, além do curso Foco na Direção e do conteúdo que é produzido para o site do Folga, o casal também presta consultoria de marketing e comunicação para pequenas e médias empresas. A missão deles é fomentar uma economia mais justa e colaborativa, ao lado de uma comunidade de empreendedores que também está engajada nessa mesma proposta de inovar, com foco no bem-estar do ser humano e da sociedade, de um modo geral.
No início deste ano, o Rodrigo e a Roberta embarcaram em mais uma viagem: desta vez, pela América do Sul. A rota do “mochilão”, que aconteceu no período de 16 de janeiro a 06 de março, foi definida a partir de sugestões dos leitores do Folga. Ao longo da viagem, o casal saiu em busca de novos entrevistados para a websérie documental Caronas que Inspiram – sobre pessoas e projetos que fazem a diferença no mundo. Ao todo, foram gravadas 13 entrevistas que, em breve, estarão disponíveis no site do Folga na Direção.
Bate-papo com o casal
Com duas trajetórias de vida tão ricas, não preciso nem dizer que essa foi uma das entrevistas mais inspiradoras que eu já fiz aqui no Inside! Aprendi muito com o Rodrigo e a Roberta, ao longo de quase duas horas de bate-papo! Eles compartilharam muito conteúdo de qualidade – que fez toda a diferença na minha rotina como empreendedora digital! E nada mais justo do que dividir essas informações com vocês! Nessa seção de perguntas e respostas, o casal fala sobre felicidade, legado, futuro e, também, sobre os desafios de empreender no modelo não convencional. Boa leitura e bom aprendizado 😉
Vocês começaram a empreender muito novos, no modelo tradicional. Qual é o maior desafio pra vocês hoje, agora que estão empreendendo de uma forma completamente diferente?
Rodrigo: Acho louvável quem empreende através do modelo tradicional. Na minha opinião, as duas formas de empreender – seja no modo convencional ou por meio da internet, exclusivamente – são muito desafiadoras. De qualquer maneira, os desafios que enfrentamos hoje são maiores. Um exemplo disso está na divulgação da marca ou do projeto. Normalmente, as empresas tradicionais criam toda uma história para vender um produto, para gerar desejo de consumo nas pessoas. Agora, quando se fala num projeto verdadeiro e feito com amor – como é o nosso caso – acabamos ficando com receio de passar a ideia de que queremos apenas vender alguma coisa ou conseguir patrocinador para o projeto. Porque, no final das contas, todo mundo está contando uma história. E o desafio principal acaba sendo esse: como usar o marketing de conteúdo para transformar “em produto” algo que é intangível – como a felicidade e o conhecimento? Somos pioneiros, ao lado de milhares de outros profissionais que também estão empreendendo com propósito e de forma não convencional. E sendo pioneiros, nós temos que estar atentos para descobrir e compartilhar novos caminhos – porque empreender com propósito é algo muito novo. A gente quer empreender de qualquer lugar do mundo. E o sucesso da nossa empresa é ter liberdade! Pensando nesse aspecto, tem o lado positivo também: como o mundo está em transição e novos modelos estão surgindo, quando nós não temos um negócio engessado, a gente se adapta muito mais rápido! Num cenário de crise econômica, por exemplo, um empresário que tem um negócio tradicional, com uma sede e vários funcionários; vai levar mais tempo pra se reinventar – o processo é lento. No nosso caso não! Em três dias a gente consegue se reinventar e seguir para outro caminho. Mas, quando surge um desafio, a gente não tem tanta bibliografia ou cases para nos inspirar. Então, temos que estar muito mais presentes no dia a dia do negócio.
Lettering do designer mineiro Felipe Ambrosio
Roberta: Como o Rodrigo disse, tem o lado bom e o ruim. Um negócio digital leva mais tempo pra se estabelecer, temos que gerar engajamento do público primeiro. E isso não acontece da noite para o dia. A verdade é que nesse novo modelo de empreendedorismo, temos que seguir muito mais a nossa intuição. E temos que ir testando cada etapa do processo, o que é bem desafiador! No empreendedorismo tradicional, é isso: você vai lá, lê livros, vai seguindo um beabá, faz cursos. Tudo se resume à produtividade versus o tempo que você se dedica para desenvolver algo: “Compensa fazer, é viável?” No nosso caso, é completamente diferente! Sempre nos perguntamos: “Isso faz sentido?” ou “Está alinhado com o que a gente sonhou?” E só então a gente pensa: “Então vamos arranjar uma forma de rentabilizar”. Nós ainda estamos nesse movimento de entender o que dá pra fazer e o que está alinhado com os nossos sonhos – algo que seja verdadeiro, que gere transformação e agregue valor na vida das pessoas; e como tudo isso pode ser viável e rentável pra gente. O segredo é ir em busca do equilíbrio. E o que deve ser feito pra chegarmos nesse estágio? Cada um vai descobrir o seu próprio caminho!
Pela experiência de vocês, é possível viver do empreendedorismo digital? É sustentável?
Roberta: Durante um certo período, acaba sendo inevitável pegar alguns freelas para complementar a renda. Eu presto consultoria, na área de comunicação, mas nada que fuja do que eu acredito. A ideia é contribuir com empresas e projetos que tenham uma filosofia similar à nossa e que vão nos ajudar a seguir com os nossos sonhos. O segredo para ser bem sucedido no universo online é produzir conteúdo de qualidade. Só assim as pessoas vão se engajar e começar a compartilhar o seu projeto, de forma orgânica. E aos poucos, se torna possível rentabilizar – seja através de uma rede de afiliados, fazendo parcerias com outras marcas para conseguir patrocínio ou por meio da criação de produtos digitais – como foi o nosso caso. Ficamos cerca de oito meses só produzindo conteúdo para o curso online Foco na Direção. Foi cansativo, mas extremamente prazeroso! E tivemos um feedback muito positivo dos alunos! A verdade é que não existe fórmula! Cada um tem que encontrar o seu nicho e criar soluções, a longo prazo, para transformar o seu sonho num empreendimento digital sustentável.
Rodrigo: Quando se trata de um negócio novo, ainda incipiente, não faz nem bem para o próprio projeto a gente querer sugar mais do que ele pode oferecer, naquele momento. “Em seis meses, o meu projeto tem que estar me bancando!” Isso até pode acontecer: de criarmos um empreendimento que seja um sucesso logo de cara, mas, na maioria dos casos, a gente tem que respeitar aquele projeto – que acabou de nascer – como um embrião mesmo, como um projeto paralelo, inicialmente, até que possamos colher os frutos. E aos poucos, a balança vai se invertendo. É nisso que eu acredito! Quando penso no Folga, sempre imagino como iremos estar daqui a uns 10 anos, por exemplo. Hoje, eu tenho consciência de que a nossa maior riqueza é se emocionar com as histórias que a gente tem a oportunidade de contar, é estar em contato com pessoas que fazem a diferença no mundo e que ampliam os nossos horizontes. E essa troca acaba gerando muitas oportunidades para o projeto em si.
Como vocês imaginam o Folga na Direção, daqui a uma década?
Rodrigo: Eu acredito que, daqui a uns 10 anos, conseguiremos atingir um público que está em busca de autoconhecimento mas que ainda considera a espiritualidade como algo distante. A nossa ideia é que o Folga seja um veículo capaz de falar sobre assuntos mais profundos, de forma leve e divertida! Também imagino a nossa websérie Caronas que inspiram com mais 300 entrevistas! A nossa proposta é produzir 30 entrevistas a mais, por ano, para montar um arquivo bacana com pessoas inspiradoras. Eu também imagino nós dois criando mais projetos e produtos para transformar a vida de pessoas que estão em busca de transformação. Não vejo o Folga defendendo uma bandeira de que “todo mundo precisa ser assim ou assado”! Nós queremos falar para pessoas que, de fato, querem “ouvir”, que estão passando por um processo de transição. E para finalizar, também visualizo um crescimento gradativo, em termos de retorno financeiro. Acho que daqui a uns três ou quatro anos, já conseguiremos viver exclusivamente do projeto.
O que mais marcou vocês, ao longo de toda essa jornada?
Rodrigo: O que mais me marcou no Folga até hoje foi o encontro com pessoas especiais, de lugares distintos – que me ensinaram tanto e trocaram muito conhecimento com a gente! Depois que o projeto nasceu, nosso maior presente – como eu disse agora há pouco – é essa troca com profissionais que fazem toda a diferença na nossa vida e na de muitas outras pessoas também! Uma vez que a gente se propõe a criar um veículo de impacto coletivo e positivo, acho que a própria vida vai colocando pessoas no nosso caminho, que chegam para ensinar. De qualquer forma, embora muitos compartilhem coisas boas ao redor do mundo, também percebo que ainda existe um grande número de pessoas que estão desconectadas da própria essência – julgando muito e fazendo pouco para transformar. É por isso que não podemos paralisar! Precisamos continuar produzindo conteúdo de qualidade para essa parcela da população que está em busca de “ser mais”, a cada dia que passa. Então, existem esses dois lados: a alegria imensa de conhecer profissionais e projetos incríveis, e o desafio de plantar essa “sementinha do bem” em mais pessoas. Não por nos julgarmos melhores, mas porque queremos mostrar um outro olhar em relação à vida – uma nova perspectiva.
O que é felicidade pra vocês? E o que vocês estão construindo hoje para chegar lá no finalzinho da vida e dizer: “valeu a pena!”?
Rodrigo: Tem uma analogia muito boa que eu sempre levo pra mim: “de que a felicidade é o fundo do mar”. Não no raso, no fundo mesmo. É aquele estado de presença, de que está tudo certo! Horas vem ondas mais leves, horas vem ondas mais pesadas – passa até o tsunami: esses diferentes momentos são as nossas mudanças de humor. Mas a felicidade, em si, é aquele fundo do mar, estático, que nos remete ao fluxo natural da vida. Felicidade pra mim é isso: essa sensação de leveza, de que está tudo bem! E quando eu chegar na velhice, vou ficar muito feliz por “ter sido”, verdadeiramente, uma pessoa consciente e divertida! Meu desejo é que as minhas atitudes e os meus projetos tenham feito sentido para as pessoas! No final da vida, quero ter a certeza de que fui um cara divertido – que fazia bons amigos por onde passava. E eu estarei, com 100 anos, ao lado da Roberta, dos nossos filhos, netos e bisnetos.
Roberta: Para mim, felicidade é estar alinhada com a minha essência, é ser fiel à minha visão de mundo, a tudo o que eu acredito. Felicidade é estar alinhada ao meu propósito de vida, é defender o meu ponto de vista – porque defendendo o meu ponto de vista estarei construindo o meu legado. Nesse aspecto, estou sempre atenta ao que o meu corpo diz. Pra mim, a sensação física de felicidade e prazer aponta para o caminho que devo seguir. “Estou indo para o lado certo ou não? O que o meu corpo está dizendo?” Existe até uma teoria sobre isso: “tudo o que a gente faz na vida gera um reflexo através de uma sensação física – seja de prazer ou desconforto”. Sobre o final da vida: acho que quando eu estiver bem velhinha, vou olhar para trás e falar – “Nossa, como fui sonhadora!! Como eu fui revolucionária, como quis mudar o mundo!” Eu quero ter essa sensação aos “100 anos”: de que fiz tudo o que estava ao meu alcance para curar o mundo e as mentes, de alguma forma! De ter feito uma limpeza mesmo! Eu sinto que estou sempre num processo de limpeza do inconsciente coletivo e do meu próprio inconsciente. O mundo precisa dessa limpeza e de muita mudança! Quero ter a certeza de que eu fiz tudo o que eu podia para curar o mundo! Não que eu seja uma salvadora, mas dentro do meu “mundinho”, posso fazer a minha parte! Já que somos da área de Comunicação e temos a intenção de curar o mundo – temos que unir o útil ao agradável para compartilhar mensagens boas! E com isso, conseguiremos criar um campo de energia positiva que vai se fortificar e se espalhar, cada vez mais. ✪
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