Sabe aquelas pessoas especiais e inspiradoras, que a gente tem vontade de ter sempre por perto – tamanho é o aprendizado que nos trazem e a energia boa que elas emanam?! Então, a Chris Ribeiro é um desses presentes lindos que ganhei do Universo! Eu a conheci no lançamento do livro da Rafa Cappai – “Criativo e empreendedor, sim senhor!” – aqui no Rio, em junho de 2015! Ela é coach e logo que nos encontramos, foi sintonia a primeira vista! Ela acompanhou o nascimento do Inside. Se esse projeto existe hoje, em grande parte, foi pelo incentivo que ela me deu lá atrás!
Em janeiro deste ano, a Chris me convidou pra fazer as fotos que ilustram o novo site dela. Foi o primeiro ensaio que fiz aqui no estúdio criativo do Inside, em Copacabana. Que honra! Quatro meses depois, ela embarcou rumo à realização de mais um sonho: desde maio, ela está morando em Portugal com a família. Passado o período de mudança e adaptação, eu fiz questão de convidar a Chris pra conceder uma entrevista e contar um pouquinho da sua jornada como empreendedora. Espero que a história dela te encoraje a dar o primeiro passo, assim como fiz há três anos, quando lancei esse blog no mundo! Boa leitura! E para acompanhar o trabalho lindo da Chris, é só seguir o perfil dela no Instagram! Eu super recomendo!
1. Quem era a Chris Ribeiro, antes de empreender? Conte um pouco sobre a sua trajetória profissional!
Engraçado parar pra pensar nisso: eu sempre fui empreendedora. Acho que, desde a infância, já na escola, eu buscava por oportunidades de negócio – fosse vendendo rifa da festa junina ou pulseirinhas de brinquedo. Quando entrei no mercado de trabalho formal, aos 17 anos, não foi diferente! Em todas as minhas experiências, sempre tentei empreender: aquelas responsabilidades a mim delegadas passavam a ser o meu negócio! E fazia tudo o que estivesse ao meu alcance pra que desse certo! Isso me fez ser uma pessoa com boa empregabilidade.
Minha última experiência profissional foi num grande banco, mas eu comecei trabalhando num banco virtual, em 2001 – que nem sequer tinha agência física – sabe o que é isso? Precisa ser muito empreendedora mesmo! Nessa época, eu era gerente de operação, num call center terceirizado do banco. Recebi uma proposta para virar funcionária, só que eu não poderia ir como gerente, muito menos recebendo o mesmo salário. Antes de saber o valor, eu já tinha aceitado a proposta: fui ganhando a metade do que recebia antes e não me arrependo da escolha que fiz!
O que aprendi, durante a construção da minha carreira, nenhum curso jamais me ensinou: passei por duas fusões comerciais, sempre sendo promovida; mas errei na dose. Fui com muita intensidade durante esses anos todos e entrei para o sistema: trocava o meu tempo por dinheiro e por mais dinheiro, cada vez mais. Até que a conta chegou: fiquei doente. Meu corpo me parou e precisei repensar as minhas escolhas. Eu, que sempre fui comprometida, aberta à novas oportunidades e desafios, uma curiosa nata e aprendiz em série; não tinha limites e estava desconectada da minha essência. Na verdade, eu nem sabia que isso existia!
2. O que te motivou a ser coach e criar o seu próprio negócio?
Depois de ficar mais de um ano afastada do mercado de trabalho, eu só pensava no que faria dali em diante. Porque para mim, a vida e o trabalho se confundiam muito. A minha vida era o trabalho! Fui atrás de inspiração! Descobri o blog de uma mulher que tinha largado a sua formação e começado um negócio, do zero. Passei a acompanhá-la e decidi dar os primeiros passos: fiz uma formação em consultoria de imagem, mas logo depois descobri que isso também não fazia o meu coração bater mais forte.
Conquistar objetivos pessoais e profissionais sempre foi um assunto que me fascinou bastante – até porque sou daquelas pessoas que vai em busca dos próprios sonhos! E, paralelamente, sempre gostei muito de ler também! Um belo dia, meu psiquiatra falou: “vá até a sua estante de livros – talvez ela te dê uma pista!” Foi um tiro certeiro! Me deparei com publicações sobre desenvolvimento humano. Com um pouquinho mais de pesquisa, cheguei no Coaching. E logo depois da minha primeira formação na área, comecei a me organizar e cobrar pelo o que eu já vinha fazendo de graça e de maneira totalmente intuitiva. Eu não comecei estruturada, eu só comecei!
3. Quais desafios você enfrentou no início da sua jornada como empreendedora?
Eu enfrentei vários desafios. Só para listar alguns:
- Fazer as pessoas entenderem que existe trabalho fora do mercado tradicional
- Lidar com o excesso de liberdade e de tempo, principalmente
- Trabalhar home office
- Entender que o marketing, o financeiro, o administrativo, o comercial e a entrega final são todas etapas importantes e que precisam ser trabalhadas simultaneamente.
4. Você tem alguma frase ou mantra que te inspira e fortalece nos dias mais difíceis?
Sim, tenho duas:
- O universo honra a sua verdade
- O inverno nunca tarda em se tornar primavera
5. O seu perfil profissional no Instagram é muito autêntico e verdadeiro – assim como você! O que te inspira na hora de produzir conteúdo para as redes sociais?
Você não sabe como fico feliz em ouvir isso! Eu não abro mão de cuidar pessoalmente do meu Instagram – o meu perfil é o que sou, ele mostra o que penso. A minha inspiração é fazer com que as pessoas reflitam um pouco sobre questões que são importantes para vivermos uma vida que vale a pena, sabe?! É facilitar um processo de autocoaching para quem quiser embarcar nessa jornada! É preciso parar de romantizar ou problematizar o conceito de “propósito” – isso virou uma indústria! O nosso propósito é honrar a vida, é ser feliz!
6. Em maio deste ano, você se lançou no desconhecido novamente e decidiu morar em outro país com a sua família! Como é recomeçar longe de sua terra natal e quais aprendizados essa nova fase já te trouxe, não só como pessoa, mas como profissional também?
Você sabe que isso nunca havia me passado pela cabeça antes?! Em junho de 2017, meu marido e eu viajamos de férias para Portugal. Tomamos a decisão naquele momento. Não definimos um prazo, até porque envolvia muitas etapas. Mas quando a gente sabe o que quer e tem clareza sobre isso, o Universo faz a parte dele: tanto que, em maio deste ano, desembarcamos aqui!
Nossa, é muito aprendizado, todos os dias! Valorização da cultura, das tradições, a forma como lidam com o consumo e o dinheiro, aqui em Portugal. Mas tenho que admitir: minha maior inspiração hoje – e aprendizado – vem do meu marido! Ele era funcionário público, tinha um ótimo salário e foi criado num ambiente totalmente tradicional – quanto à forma de trabalho. Desde que nos mudamos pra cá, ele está descobrindo muitos talentos, desenvolvendo novas habilidades e tem experimentado formas diferentes de desbravar um mundo completamente novo!
A minha vida profissional cresceu muito com essa mudança! Cresci bastante como pessoa também! E o que tem aparecido de gente bacana na nossa vida…é gratificante! Recomeçar é sempre desafiador! Em novembro, completamos seis meses aqui – o que, para nós, já equivale a anos! E isso só reforça a ideia de que vale a pena sim deixar o medo de lado pra darmos o primeiro passo e seguirmos em busca dos nossos sonhos!
7. Na sua opinião – e pela sua experiência como coach – o que mais impede as pessoas de realizarem seus sonhos e viverem a melhor versão de si mesmas?
Não fomos ensinadas a nos ouvir. Fomos condicionadas a buscar respostas fora de nós, fomos ensinadas a buscar reconhecimento e aceitação externas, isso nos enfraquece, nos distancia do nosso centro, do nosso coração. Assim, nos tornamos “presas fáceis” do sistema. E o sistema diz que tem valor quem tem x, y ou z. Você parte em busca disso, só que esse não é o seu sonho, é o “desejo” do sistema. E ninguém dá o melhor de si (de verdade) por algo que não é o que a alma pede.
8. Quais dicas você daria pra quem sonha em ter o próprio negócio, mas não tem coragem para dar o primeiro passo?
- Ouça a sua verdade, desenhe o seu negócio com alma. Conheça os seus valores e desenhe a sua marca, com base neles!
- Confie em você! Dê o passo! Pule! O Universo vai colocar o chão embaixo. E isso não tem nada a ver com ser irresponsável: não é largar o emprego, se você não se planejou pra isso – principalmente em termos financeiros! Não é se endividar pra começar de um tamanho que você não pode. O que quero dizer é: desenhe o que você precisa fazer, se não souber fazer isso sozinha, peça ajuda a uma amiga que já tenha feito, ou a um profissional – esse já vai ser o seu primeiro passo! Depois, é só continuar caminhando!
- Tenha paciência, seja constante e consistente.
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