Nosso primeiro post, aqui no Inside the Office, foi sobre a história da Priscila Moreno e de como ela criou a empresa Alforjaria, responsável pela produção de bolsas e acessórios para bicicletas e ciclistas. Confira agora a entrevista dela, na íntegra. Nesse bate-papo super descontraído, ela dá muitas dicas de empreendedorismo, decoração e produtividade! 😉
Qual dica você daria para quem está começando a empreender?
Quem está começando não pode ter medo de ser o “chão da fábrica”, ou seja, para abrir um negócio, é preciso colocar “a mão na massa” mesmo, saber como o produto ou serviço é feito. Nós, empreendedores, não trabalhamos apenas com o que a gente ama, temos que nos interessar por todas as partes do processo.
Na sua opinião, quais são os principais desafios que o profissional enfrenta ao trabalhar em casa? Como é a sua rotina? Você tem dicas de produtividade?
Eu nunca fico de pijama em casa. Eu acordo, tomo banho, me maqueio, ponho salto alto e vou trabalhar. É um jeito de eu me disciplinar. Assim, vou saber que, naquele momento, sou a empreendedora e não a dona de casa. Tem que ter muito foco. Porque se você não estiver afim de trabalhar, você vai lavar louça. Só que louça não faz entrar dinheiro. No meu caso, costurar faz entrar dinheiro, então tenho que estar muito focada na minha meta.
Faço de conta de que não trabalho home office. Antes de começar, arrumo a casa rapidinho, como eu faria se fosse sair para o trabalho. E também evito fazer almoço no dia a dia – a menos que o meu filho esteja comigo. Senão, vou no quilo mesmo, que nem todo mundo. Inclusive, eu tenho vontade de ter um crachá, da Alforjaria, só pra me sentir mais amiga do pessoal que vai no restaurante.
Você sempre gostou de decoração? Como foi decorar o seu ateliê?
Eu sou libriana, e dizem que o libriano pode morar numa caverna, que ele vai colocar um vaso de flor lá dentro. Eu nunca pensei em decoração, mas sempre gostei de ver tudo bonito! Gosto de espaços organizados e limpos.
E eu também adoro restaurar móveis. Das cadeiras que tenho no meu ateliê, uma delas eu pintei de azul (essa, inclusive, tem um valor afetivo pra mim, porque era da minha avó) e teve outra que eu restaurei mesmo – troquei o estofado. Quando o assunto é decoração, as pessoas costumam ir atrás daquilo que já está pronto. Eu gosto de ir em busca do está sendo construído.
Priscila pintou uma das cadeiras de seu ateliê: o móvel tem valor afetivo para ela, porque foi herdado da avó
No seu ateliê, você utiliza um aro de bicicleta para pendurar suas réguas de costura. Como surgiu essa ideia?
Eu vi aquele aro numa bicicletaria, estava no lixo. Daí eu olhei para aquilo e pensei: “Isso pode ser útil para pendurar coisas!”. Foi bem assim: estava no lixo e eu peguei. Na minha antiga loja física, ele era um porta-fotos. Quando montei meu ateliê em casa, acabei não pendurando as fotos de volta e ele se transformou num porta-réguas.
Qual é a sua principal fonte de inspiração para decorar?
Eu gosto de olhar as lojas do Brás, aqui em São Paulo. Gosto de ver as soluções que as pessoas criaram a partir das necessidades delas. Quando você tem uma loja, os produtos precisam ser organizados de um modo que fique fácil de pegar, de limpar e visualmente agradável para o cliente. E eu me inspiro a partir disso.
4 Comments
Amei as dicas <3 <3 Parabéns!
Muito obrigada, Mari!! Fico feliz que você tenha gostado! Obrigada por ter me ajudado a colocar esse projeto no mundo! Beijo grande 🙂
Talita, ótimo post! 🙂 Aproveitando… Adorei esse aro no teto! <3
Muito obrigada, Bruna!! Que bom que você gostou do post 🙂 Fico feliz em saber! E também achei super criativa essa ideia do aro da bike no teto! bjs e bom finalzinho de semana pra vc 🙂